há um nome para este síndroma?
Admiro muita gente por razões diferentes. Sou um admirador por defeito e por feitio. Admiro os meus pais, admiro profissões que não gostava de exercer, admiro os que surpreendem e voltam a surpreender... constantemente. E há um momento que esse sentimento de admiração passa para um outro plano mais tangível de saudável convívio.
Mas só sei que admiro quando tenho um estranho sentimento de não saber o que fazer e o que dizer quando estou ao pé de alguém que admiro. Um exemplo muito concreto: quando fiz um estágio de três meses na RTP cruzei-me com todas aquelas caras que habitam a écran lá de casa. Nenhum deles causou sentimento especial de admiração apesar de ter achado piada conviver e trocar impressões com um ou outro profissional do meio. Mas um enorme baque e murro no estômago aconteceu quando, à espera do elevador, encontrei o saudoso Fernando Pessa. Parecia um menino ao pé do maior ídolo de futebol da infância. Não consegui articular uma frase, não consegui dizer o quanto o admirava, não consegui um aperto de mão, não consegui um autógrafo... lembro-me apenas de ter balbuciado qualquer coisa ininteligível, os meus olhos terem saltado das órbitras, o meu sorriso estendeu-se tanto que ainda hoje penso que as extremidades dos lábios tocaram-se na nuca. Esse momento passou...
Mas ainda hoje sinto tudo isso quando estou com a obstetra e com o pediatra. Admiro-os porque foi ela e é ele que nos descansam quando algo não está bem com a Maria. Nem que seja a reacção normal à vacina do tétano...
Mas só sei que admiro quando tenho um estranho sentimento de não saber o que fazer e o que dizer quando estou ao pé de alguém que admiro. Um exemplo muito concreto: quando fiz um estágio de três meses na RTP cruzei-me com todas aquelas caras que habitam a écran lá de casa. Nenhum deles causou sentimento especial de admiração apesar de ter achado piada conviver e trocar impressões com um ou outro profissional do meio. Mas um enorme baque e murro no estômago aconteceu quando, à espera do elevador, encontrei o saudoso Fernando Pessa. Parecia um menino ao pé do maior ídolo de futebol da infância. Não consegui articular uma frase, não consegui dizer o quanto o admirava, não consegui um aperto de mão, não consegui um autógrafo... lembro-me apenas de ter balbuciado qualquer coisa ininteligível, os meus olhos terem saltado das órbitras, o meu sorriso estendeu-se tanto que ainda hoje penso que as extremidades dos lábios tocaram-se na nuca. Esse momento passou...
Mas ainda hoje sinto tudo isso quando estou com a obstetra e com o pediatra. Admiro-os porque foi ela e é ele que nos descansam quando algo não está bem com a Maria. Nem que seja a reacção normal à vacina do tétano...
3 comentários:
3:52 da tarde, Luís disse …
Do Tétano!?!
7:36 da tarde, António José Silva disse …
BCG...
ups!...
6:12 da tarde, NR disse …
perdoai o pai que não estava presente quando lhe foi dada a vacina, pois ainda foi na maternidade. e já agora perdoai a mãe que se lesse os folhetos informativos que lhe dão evitava telefonemas dominicais ao médico em vão (feitos pelo pai que é muito mais pragmático e racional nestes momentos).
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