Maria Luís

Lilypie Baby Ticker

18.4.06

o monstro das cócegas

é a minha mão. mas provoca já um estremecer de contentamento quando ela o vê aproximar-se. um estremecer e um sorriso aberto. agora tenho de ver se outras mãos têm o mesmo efeito.

a montra

bem não, bem sim, a miúda fica com a avó materna no seu estabelecimento comercial por uma horita enquanto a mãe faz algo de indispensável (como ir cortar o cabelo). a piada é que a avó, em vez de ir para o fundo da loja - onde habitualmente se senta -, fica nesses dias mais perto da montra. com ela, é claro. parece que é por causa da luz. a mim parece-me que é mais por vaidade. será preciso dizer de quem?

A ida à costureira

Ainda por causa do grande evento social que vai ocorrer lá pelo norte do país (há quem diga que aquela zona já é espanhola) a Maria Luís foi hoje à costureira. e pela primeira vez tiraram-lhe as medidas do braço, do pescoço, da cintura e do comprimento. ou melhor, não é primeira vez que lhe tiram algumas destas medidas. mas é a primeira vez que é por um motivo absolutamente fútil como o é o de fazer um vestido. e ela esteve à altura. tal como a mãe só detestou que lhe medissem a cintura e mostrou esse descontentamente com um rabujar. mas logo passou adiante e começou a analisar a sala de costura, cheia de tecidos de cores fortes. creio até que sorriu quando lhe disseram que não era preciso fazer qualquer prova. até na costureira é bom ser bébé!

Nunca gostei muito do...

...Gú-Gú! Dá-Dá!...
falo-lhe sempre com um sorriso nos lábios. Mas palavras devidamente articuladas.
E invento histórias e personagens: o Sapo saltitão; a Dona Ofélia, a única girafa verde e amarela.
No blog não escrevo por ti. Escrevo por mim. escrevo aquilo que um dia quero que leias. Como quando folheares os álbuns de memórias. Acho que nenhuma vai ser tão rico como este. Assim espero.
Hesito, tenho hesitado, em publicar aqui uma fotografia. Nem sei muito bem porquê.
Hoje publico.
Porque me apetece...

17.4.06

ao som de DJ-Vibe

e de Underground Sound of Lisbon. Na sala o genérico dos X-Files. janelas do word e do outlook abertas a prepararem um texto, a tentar divulgar um evento, a estar de olho no gmail onde um amigo, volta e meia, faz chegar e-mails daqueles.
O firefox com o Google Calendar, a wikipédia aberta nas Caldas da Rainha, um texto nonsense (que transcrevo abaixo) de Mário-Henrique Leiria.
A Mãe a dizer que sou uma vergonha porque não posto. Apesar das postas de maruca, raia e perca do Nilo que deram corpo à massada de peixe, estarem uma delícia.
O texto é:
Telefonaram-lhe para casa e perguntaram-lhe se estava em casa.
Foi então que deu pelo facto. Realmente tinha morrido havia já dezassete dias.
Por vezes as perguntas estúpidas são de extrema utilidade.

A Maria, esse pequeno ser que preenche cada dia, anda birrenta. Chorou que ficou rouca. Depois adormeceu ao som de Trovante - a Mãe gosta de lhe cantar, e era isso ou Xutos - e, continuou a dormir com os diálogos sempre corrosivos do Dr. House.
Mas a malandrita vai-nos dar água pela barba: hoje, deitada, a segurar-me os polegares, fazia força parecia querer levantar-se. Pensei que era impressão minha. Mas a Mãe testemunhou...
Não é cedo demais? ou é o meu desejo secreto de querer que ela não cresça? sim, porque qualquer dia vai ter quinze anos, dizer que quer ir à discoteca, ou passar o fim-de-semana em Espanha com os amigos... E toda a gente sabe que também vai O amigo...

14.4.06

a liberdade

a liberdade decorrente da ausência de roupa é uma coisa que te deixa muito feliz. isso e beijos na barriga e nas pernas. e o móbil com palhaços. e as caretas que os pais te fazem. e um beijo na cara quando estás a dormir mas quase a acordar. e a pergunta "então, como vai a tua vida?"

fraldas

têm 12 horas de capacidade de absorção,utilizam materiais com nomes sofisticados, são específicas para determinados tipos de cócós, garantem bébés com sonhos felizes em que não há chuva.mas basta ires sentada no"cesto de ovos" e estarem um bocadinho soltas (eu tenho sempre medo de te apertar demais) para eu ter de te mudar a roupa toda e quase te meter na banheira (se estivesses em casa tinhas ido para um banho antecipado,ai tinhas, tinhas!). e olha que o cócó nem era daqueles específicos referidos na embalagem!

em abril de 2006

era preciso uma tonelada de documentos para se abrir uma conta bancária: um fomulário do banco com assinaturas em todos os cantos (e nem tentes esquecer uma!), cópia do BI e NIF (que quando fores grande vão estar num só documento se o tal de cartão único não for só uma miragem), comprovativo de residência (cópia de uma factura de água, luz, telefone) e cópia de recibo de vencimento ou declaração de que se é profissional liberal. as despesas de manutenção eram de € 10,00 (não sei se mensais, se trimestais) e o cartão multibanco (cujo pedido exigia o preenchimento de um outro formulário, este agora só com uma assinatura) tinha uma anuidade de cerca de € 7 euros. do banco trazes um código para o cartão multibanco, mas tens de ficar a aguardar que enviem o cartão para casa. depois convém alterar o código que te foi atribuído. não convém que coles uma etiqueta - daquelas para pôr preços nas lojas - no cartão com o código que usas.se tudo correr bem o cartão vai-te durar dois anos e depois enviam-te um novo para casa. se tens caderneta o procedimento é o mesmo, com a diferença que te dão o código e a caderneta na hora. por motivos óbvios, não convém que escrevas o código na caderneta (o que ainda é feito por muitas pessoas).
Em Abril de 2006 há quem, depois de uma ida ao banco, opte por pôr o dinheiro debaixo do colchão.

burocracia

a miúda sai á mãe: adora uma boa ida a uma conservatória e detesta bancos. será que vai ser funcionária pública?ou pior: advogada!! nãa... ainda há salvação: pode ir para solicitadora!

o carro

já tinha desconfiado, mas depois de dois dias a caminhar para a Figueira da Foz confirmei: o carro é o melhor amigo de um pai ou mãe.
se por um lado a Maria Luís detesta que a enfiem no "cesto de ovos", o que demonstra com um choro de protesto, por outro adora uma viagenzita de carro. basta sairmos do estacionamento, ou melhor, basta fazer a primeira manobra para sairmos do estacionamento, para o choro parar.
Mas não convém encontrar pela frente semáforos, portagens ou filas de trânsito, é que ela topa que parámos e faz logo um som de protesto. não é um choro, é mais uma espécie de resmungo. bem que o povo diz que os miúdos gostam de "cu tremido". o problema é que eu não consigo pôr o carro dentro de casa...

8.4.06

e a Esplanada do Santa Cruz?

é quase religiosa, é o que é!!

o primeiro banho de loja

devido á proximidade do casamento da tia Mafalda - é já daqui a 15 dias!!!! - dei à Maria Luís o primeiro banho de loja, ou em português de Portugal, a primeira volta por lojas de roupa. acalmem-se os mais distraídos: não fomos para qualquer centro comercial, antes optámos pela Baixa. Mas tenho que confessar que não foi fácil: já repararam na quantidade de obstáculos que há nas entradas das lojas para quem anda com um carrinho de bébé? só uma das lojas é que não tinha qualquer degrau na entrada ou no interior e mesmo essa tem um corredor entre expositores estreito. a futilidade com um bébé desta idade torna-se difícil.

o primeiro ensinamento

A miúda deita-nos a língua de fora. O que quer dizer que a primeira coisa que lhe ensinámos foi algo que daqui a uns tempos vamos querer que ela não faça. É um milagre que não existam mais doenças psiquiátricas entre as crianças.

Novas Tecnologias

Há dias assim. O pai sai de casa, a mãe feliz corre para o Pc. Retira-o do sítio e prepara-se para postar. Eis senão, quando vê: não há net. A mãe lixou qualquer coisa e agora não consegue consertar. Pois é. E o pai não está. Como é que é possível que uma coisa que começou por saber tão bem (a ausência do pai e a consequente propriedade plena do PC) possa agora implicar um amargo de boca?!?!!? Raios partam a minha ignorância informática. É que nem me posso ir consolar para a página da Direcção Geral de Contribuição e impostos…

6.4.06

consulta dos dois meses

para as tias e tios que me passam a vida a pedir informações aí vai o relatório da consulta do passado dia 4 de Abril:
peso: 5 quilos;
altura (comprimento): 57 cm
perímetro cefálico: 39 cm.

agora em código maternal:
peso: percentil 75;
altura: percentil 50
perímetro cefálico: percentil 75 (não tenho bem a certeza deste)
(ainda não domino este código, razão pela qual as não-mães e os não-pais não me devem pedir para o explicar)


atitude social com o médico: ligeiro ar de mete nojo e indiferença. recusa de sorriso e birra de sono no final. a falta do sorriso levou a que o médico nos perguntasse se ela o fazia. claro que sim. pelos vistos só não sorri para médicos (filha, não é uma boa opção de futuro! é aos advogado é que não se sorri!!!) (e já agora a quem é que a minha filha foi buscar aquele ar de mete nojo e de quem não está para passar cartucho ao que se passa ??)

motivo de preocupção: o gânglio inflamado originado pela vacina do BCG. está grande. é doloroso ao toque. pode rebentar. enfim: tem mau ar! (isto não foi dito pelo médico, é dito por mim). raios partam a vacina do BCG!!!

não há dinheiro que pague...

o sorriso que a miúda nos dá quando, em pleno sono, lhe fazemos uma festa na cara.

vacinas

ontem fomos às vacinas.
pela primeira vez os pais assistiram ao acto, isto porque a vacina do BCG foi dada na matenidade, sítio onde também foi feito o teste do pézinho (que agora é na maõzinha, pelo que não tarda vamos ter de lhe mudar o nome e cujo resultado - adoro a net - foi visto on-line)e aí levam a criança e devolvem-na já com as picadas concluídas.
agora não. assistimos. e pior: temos de a segurar enquanto a picam. o corajoso foi o pai. a mãe ficou com as duas mãos livres, de punhos cerrados e muito perto da enfermeira. pronta a reagir. e quando diz pronta a reagir isso implica uma de duas coisas: ou um ataque de choro ou um ataque de violência (nunca) gratuita (a enfermeira ficaria sempre com direito a ser indemnizada).
mas não foi necessário nada! a manhã de ansiedade revelou-se um exagero!
a miúda foi uma heroína. chorou com as picadas iniciais - quem não chorava considerando que foi na perna - e depois acalmou logo no meu colo. passados uns minutos olhava em redor a cuscar todos os cartazes cheios de cor que decoravam o gabinete.
face a isto a mãe portou-se à altura: nada de lágrimas e muito menos de socos, ainda mais porque concluiu que a enfermeira era muito boa na arte da picadela. eficaz, rápida, simpática e amorosa com a criança. com os pais também foi, mas isso agora já não interessa nada, certo. já diz o ditado "quem os meus filhos beija, minha boca adoça".

o dedo

na segunda feira dia 3 de Abril a Maria Luís voltou a levar o polegar à boca. já o tinha feito na maternidade mas aí eu consegui que ela o largasse.
agora não, agarrou-o com calma e persistência. chuchou com convicção. e percebeu que com esse gesto tem a atenção da mãe e direito à mama.
agora quando tem fome, não chora, chucha no dedo.
recordem-me lá: quem é que anda mesmo a educar quem nesta relação?

a birra

este é um post atrasado. atrasado porque diz respeito a um evento que ocorreu no passado domingo dia 2 de Abril - data em que a miúda fez dois meses. porém, com o pai a tempo quase inteiro em casa é muito difícl à mãe aceder ao PC. e com isso tudo a mãe nem consegue navegar nos seus sites favoritos (DGCI, certidões on line, e coisas assim - a mãe é uma apaixonada pela revolução tecnológica imposta á burocracia e não perde uma oportunidade para beijar o ecrã enquanto descobre uma funcionalidade que lhe permite evitar uma deslocação a uma qualquer repartição pública), quanto mais postar.
Mas vamos lá ao que interessa: à BIRRA! à monumental, inesquecível e estridente BIRRA (daí as maiusculas!!!)
como já disse foi no domingo, após o banho e a BIRRA pode ser definida como duas horas de choro inconsolável, estridente e inexplicável (pelo menos para os pais, pois ela provavelmente teria uma óptima razão para aquele choro).
a mãe na altura desconfiou duma dor de barriga causada por uma dificuldade de fazer cocó. o pai desconfiou que fosse a consequência de um dia agitado (fomos ver os bisavós e os avós). o gato não desconfiou de nada, mas ao fim de uma hora de choro saíu da sala (onde decorria a BIRRA) e mudou-se para um quarto onde continuou o seu sono (já tinha olhado por várias vezes para ela mas como ela não percebeu a mensagem, mudou-se, pareceu-lhe mais fácil e como nós o percebemos...).
Foi brutal, desesperante, arrepiante, inquietante. Mas tal como começou, acabou! sem explicação! sem mais, adormeceu e ficou com o ar mais tranquilo do mundo. se todas as birras se resolvessem assim, o mundo seria um lugar bem melhor.
agora que foi uma senhora dona BIRRA, lá isso foi!!

setenta euros

... nunca hesito quando os médicos dizem "é preciso fazer este exame ao sangue da Mãe da Maria Luís para despistar possíveis doenças e/ou más formações"; "é bom dar esta vacina porque cria defesas para uma série de doenças"... Nunca hesito e digo sempre sim... porque felizmente, mesmo sem emprego fixo, para aquela míuda e em questões de saúde nunca há-de faltar...
Mas fico lixado... fico mesmo desfeito quando ouço "setenta euros!"... Não é por mim, nem pela Maria... É por todos aqueles bébés que não vão levar essa vacina...

1.4.06

Frescas, Frescas

"A bébé Maria Luís pega no dedo da mãe ou do pai e tenta levar à boca. é um movimento curto e com uma força fraca mas determinada. Na primeira vez a mãe ficou a pensar que tinha inventado o movimento, mas durante a tarde o pai - sem saber da notícia matinal- chamou a mãe para a ver fazer exactamente a mesma habilidade. ambos os pais estão deleitados, sendo que a mãe se encontra preocupada com o facto de ela o fazer com a mão esquerda. Irá a petiz ser canhota como o pai e a avó materna?"